Alteridade e inclusão são temas recentes. A priori o conceito envereda pela importância de se
conviver com o diferente. Reconhecendo o outro em si mesmo. Tendo a premissa de
que ao entender e se contrapondo ao diferente não deve ser exercido a exclusão
daquele que é diferente em relação a um grupo majoritário. Por isso o termo
inclusão se faz presente e necessário.
Tendo-se alteridade podemos
estar aprendendo com o outro, evitando assim o conflito. Em suma a alteridade
trata de se colocar no lugar do outro nas relações interpessoais que temos.
Respeitando o diferente e sendo capaz de aprender e a ensinar com o diferente.
Esta é a prática que deve ter a relação professor-aluno na construção do
processo de ensino-aprendizagem. Há de se ter uma quebra do status quo de certos entendimentos no
que tange a educação especial. Uma quebra de paradigmas que vise a inclusão dos
sujeitos. Deste coletivo silenciado durante os anos e que agora precisa ter uma
voz ativa e ouvida tanto em conceitos como em legislações próprias e que dêem
respaldo a estes coletivos para que possam ser parte de um todo. Em que a
educação seja oferecida de forma a ensinar e desenvolver uma criticidade nos
sujeitos e na sociedade em que ainda não estão inseridos e não apenas para
constar que exista esta educação.
A alteridade e a inclusão não são apenas termos que devamos
seguir, mas sim o sentido deste termo. Estes que visam um relacionamento entre
indivíduos e grupos que estão intrinsecamente ligados mas que por fatores e
situações específicas de certos sujeitos há o afastamento daquilo que deveria
ser padrão para todos. A alteridade deve levar a cidadania, a um processo de
comunicação entre os sujeitos estimulando as relações interpessoais
independente da situação de cada sujeito. Levar este entendimento para as mais
diversas áreas em que os seres humanos estão: escola, família, igreja, enfim,
em toda a sociedade. Sendo todos os seres capazes de conviver com o diferente. E
tenho uma posição muito particular de “diferente”. Enquanto praticamos a fala
do “diferente”, deixamos o mesmo na mesma situação que combatemos. Temos que
considerar todos como iguais e tratar as peculiaridades de cada igual. Pregando
a tolerância e entendimento de suas peculiaridades para englobá-los no todo e
superarem pretensas dificuldades. E com estas dificuldades possamos aprender.
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